quinta-feira, 25 de maio de 2017

Escolhas...


Nessa vida não se pode confiar em mais nada
Sabe aquele mano da quebrada
Que fica aí, nas madrugada
Esperando um qualquer atravessar

Também foi apadrinhado
pelo crime foi chamado
faz daí os seus trocado
nem procura disfarçar

Deus é justo meu cumpadi
Protege os que é de verdade
Nesse lixo de cidade
Não sobrou nenhum Gandhi

Aprendi pelo caminho
Precisei sair do ninho
Que saber escolher
vai além do divertir.

                                              H. H. Costa

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Trip da 0h: Brasil, um País de Inocentes


Essa é bem conhecida do brasileiro
a mesma coisa de janeiro a janeiro
não fui eu, não é meu, perdeu
aqui, cada um cuida do seu

Tem golpe, tem mídia, tem carnaval
Brasília então é uma zorra total
Há quem duvide/acredite em melhoria
Esquerda/direita não, tô na correria 

Ninguém aguenta, virou palhaçada
Atrasar a justiça agora é a parada
Dessa vez com o Moro na jogada
De novo não vai dar em nada?

Enquanto isso o Brasil vai na banguela
Eu, sentado na janela
Esperando o fim dessa novela
Fora Temer, mas deixa a Marcela.

                                          H. H. Costa

terça-feira, 9 de maio de 2017

Marcha da Maconha - 2017/SP


Sábado passado aconteceu a Marcha da Maconha aqui em SP, e eu não podia perder a oportunidade de ir à marcha..

A concentração foi no MASP (Av. Paulista) e de lá o movimento caminhou até a Praça da Sé, onde o movimento continuou ao som de Dub's e muito protesto.

Achei bastante interessante todo movimento e sua manifestação por entre os participantes, muita diversidade de etnias e subculturas, cada um pela sua causa e com seu próprio jeito de demonstrar.

Muito me chama atenção, a falta de foco das manifestações no Brasil, porém contudo um movimento como esse não pode ser resumido como simplesmente um apelo à legalização, nem tampouco como uma manifestação política, assim como gritos "fora Temer". A discussão é outra!

Reconheço o papel das a grandes mídias,  mas acredito que a maconha vem deixando de se tornar um "problema social", mas ainda sim há aqueles que repudiam a ideia, cabe a nós o respeito.

Não consigo me posicionar veemente sobre minha opinião, existem pontos positivos como negativos, dentro de um contexto pessoal não vejo motivos para a cannabis não ser legalizada, porém numa perspectiva social acredito que nossa sociedade não possua maturidade para tal, acredito mais numa metodologia educativa como ação preventiva e futuramente na legalização e pesquisas/novas descobertas.

A cannabis não pode ser subentendida como uma visão generalizada, existem diversos tipos de usuários, finalidades e resultados. Não há de se negar que assim como desconstruir, a planta também possui o poder de construir.

A festa foi bonita, não faltou radicais e extremistas, em todos os sentidos..mas sem nenhuma confusão, Socialização: máximo respeito. Um cartaz do movimento feminista chamou muita atenção, estendido na porta da Catedral da Sé, de uma ponta à outra, com um  "referencial pesado": Bucetas Ingovernáveis.

O movimento é democrático, é nosso #dopovo..como tem maconheiro em SP, e olha que nem a chuva espantou a galera, ainda se via fumaça subindo, acabou que a galera pareceu ter conseguido em fim..espantar a chuva.

Vamos dar 1(2) salve à planta..que evoluiu o tratamento de crianças que sofrem de epilepsia, que alivia os efeitos colaterais do tratamento contra o câncer, que está sendo discutida pela ANVISA a liberação do plantio, porém somente para empresas e associações. Em janeiro a mesma assinou liberação da venda de um remédio feito à base de cannabis liberado em alguns países pelo mundo  (muito provável que por interesse da industria farmacêutica).

Talvez dentro de 2 a 5 anos a cannabis esteja finalmente liberada para os Brasileiros..até lá finge que é proibido, que a gente finge que fuma!

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Conjunto Quarto Escuro: Amordaçado


Ah! O amor...
Será o amor brincadeira de gente grande?
Ou será que o homem está grande demais para amar.

Como percebê-lo?
Pelo palpitar do coração?
Como senti-lo?
Pelo frio da imensidão?

Talvez eu amasse demais,
Talvez nunca tivesse amado.

O amor é uma palavra no plural,
O amor é e está certamente no singular.
Ele não depende de nada,
Mas está ligado à tudo.

Existe por si só,
E ainda insistimos que podemos inventá-lo.
Quando se ama, está amando,
Quando se tem dúvidas, está apaixonado.

Como retribuir o amor?
Com amor.
Como medir o amor?
Somente calado.

E esses dias lindos?
É o amor!
E os dias vazios?

É por que está apaixonado.
H. H. Costa